Conforme apresentado em sala de aula dois conto de Silviano Santigo (contos: Vivo ou morto e Uma Casa no campo), venho por meio deste apresentar-lhes características do autor e comentar sobre a narrativa dos fatos:
Silviano Santiago tem uma escrita que difere-se de vários autores, pois além de ele ser excessivamente introspectivo estrangeirista, ele não mede o tamanho e as proporções que uma palavra tem de ter, seu contexto conta com palavras de baixo calão, e expressões que não se usa mais.
Em “Vivo ou morto”, o narrador vê-se envolvido em uma trama muito complexa que se inicia com a surpresa da descoberta de que estava sendo procurado pelo FBI. Envolvimento com grupos terroristas, narcotráfico e outras afrontas à sociedade americana faziam parte da denúncia a ele dirigida. Depois
de muito tentar se disfarçar para não ser reconhecido, o narrador recolhe-se em casa e, em meio a muita aflição, acorda, “extraído do sonho a porradas”
“Uma casa no campo” trata da histria de dois amantes e do desejo de um deles de ter uma casa no campo. Depois de adquirida a casa, descoberta ao acaso numa viagem, passam a fazer viagens constantes para o local, onde fundam um recanto com direito a um belo jardim. Depois da morte do amante, o narrador mantém a casa como forma de preservação da imagem do primeiro. Adquire hábitos até então não cultivados, como cuidar do jardim e da casa, tarefas que cabiam ao outro por representarem o desejo dele.
Silviano Santiago situa-se entre esses autores contemporâneos que, rumando na contracorrente das fronteiras tradicionais do gênero ficcional, lançam-se, no exercício da ficção, ao empreendimento de transgredir essas fronteiras, dando especial destaque à atitude crítica do comentário e à exposição
das estruturas de que se valem no processo de criação.
Rumando sempre não fugir de seu propósito e ideia inicial.
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